Pra quem já não sabe a diferença, vamos abrir a cabeça para um pouco da cultura indígena:
O “Arco e flecha” é uma das armas de caça mais conhecidas e construídas pelos índios, presente entre os povos desde os primórdios da civilização. O Arco e Flecha é entregue ao índio que possui a melhor visão e estratégia de toda a tribo, pois só aquele que conhece o vento e sabe sua posição exata, consegue fazer com que a flecha acerte seu alvo.
O que é Zarabatana?
Zarabatana é o outro instrumento indígena usado para caça, porém este é traiçoeiro. É conhecido como aquele “tubinho” de madeira que sopra dardos ou setas de veneno. Seu disparo é diferente do Arco e Flecha, pois é silencioso e imprevisto. A Zarabatana simboliza a lentidão da eliminação e a dissipação do veneno - quando este chega ao animal.
Por que comparar instrumentos indígenas com a Publicidade?
1. Porque nós gostamos de índio
2. Porque nós gostamos de publicidade
3. Porque ser índio é ser essência e ser publicidade é propagar a essência. Como ninguém havia pensado nessa combinação antes?
Hoje em dia, não podemos mais tratar a publicidade como um simples anúncio em jornal, revista, um outdoor na cidade e pronto, está feita a campanha. A publicidade tem aberto suas janelas e expandido seus meios para muito mais que isso. Ela está baseada no compartilhamento, no envolvimento, na inclusão. No que “vira”.
O mundo se torna hoje mais conectado, mais próximo, e por isso deseja estar envolvido, pois só no envolvimento e no compartilhamento é que uma grande ação de marketing obtém sucesso.
Dizem que hoje em dia, uma campanha publicitária não faz sentido se não fizer sucesso na internet. (...)
Você está na sua casa, sentado no sofá, e tem o mundo inteiro no seu bolso (ou nos seus dedos, na maioria das vezes). Nós nunca estamos fazendo uma coisa só, obviamente. Você está vendo TV e conectado no Facebook. Está no banheiro e postando no Twitter. Está na festa e já tem foto sua no Instagram. Está dormindo, e mesmo assim, seu smartphone, tablet, e etc, continuam conectados.
A publicidade precisa acompanhar esse dinamismo e essas ferramentas disponíveis para que possam, a todo momento, atingir este público que é essencial para que ela atinja o sucesso. É como se as empresas possuíssem em suas mãos um arco e flecha capaz de alcançar longas distâncias e arrebatar corações para seus produtos, serviços e ideias.
Por outro lado, os consumidores também possuem as suas armas, e, neste caso em especial, uma arma que representa uma grande ameaça: a Zarabatana – um pequeno dardo parece inofensivo, mas aos poucos que vai atingindo, também vai adoecendo a empresa. Um feedback negativo, uma campanha que não condiz com a realidade, um escorregão pode ser fatal e representar uma morte lenta, mas exponencial que pode aniquilar a reputação e a imagem de uma empresa com esses dardos lançados pelos consumidores que vão aumentando a gravidade conforme a proporção e propagação.
A grande solução é formar uma tribo! Mostrar-se como essência, como índio, e fazer com que as flechas da empresa apontem para o mesmo alvo das Zarabatanas do público, visando juntar forças para fazer mais e fazer melhor.
O poder está dos dois lados: A tarefa é conseguir a sintonia entre a empresa e o público, sem deixar que o veneno se espalhe antes de atingir ao alvo.
Anauê!