quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sobre índios e humanos

O velho pajé é o homem mais sábio da tribo. Responsável por passar os mais profundos ensinamentos da vida a todos, desde o pequeno curumim até o grande guerreiro. Este mesmo velho pajé sempre ensinou sua tribo que não se deve desrespeitar a natureza. Que plantas e árvores, animais e rios, são seres tão especiais quanto os seres humanos, e que todos estes, para viverem puramente, devem viver em harmonia.

Os humanos-brancos, quando chegaram aqui, se tornaram responsáveis por passar seus ensinamentos para todos. Havia aqueles que queriam ouvir, e aqueles que não. Estes mesmos humanos-brancos começaram a ensinar que seres diferentes deles não deveriam ser considerados. Que amarelos, negros, e marrons, eram diferentes demais para conviver em harmonia. 

O que é normal, pois comumente seres humanos se privam de seu maior dom: Pensar.

Todos sem exceção são seres únicos, possuem vontades, pensamentos, características, habilidades e essências diferentes; E que mesmo diferentes, também são iguais aos demais.
Todos são, pensam, agem e sentem. O humano-branco trouxe e traz ainda hoje uma anomalia de que o que é diferente não pode fazer parte. E há os que tentam consertar o erro através do erro. Macacos e bananas. De volta ao erro, mais uma vez.
O que torna cada vez mais difícil por em prática o que o antigo pajé ensina: Ser um humano que é e não um humano que só faz.


Humano índio, negro, branco e marrom. Todos têm a alma da mesma cor.

Anauê!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Marco Civil para o Índio Publicitário

Depois de muito buscar em diversas fontes de diversas tribos, o Índio Publicitário finalmente encontrou a chama da verdade!
Todas as clausulas a seguir valem para toda a população – incluindo índios.

1. Índios vão continuar tendo acesso à internet e aos serviços disponíveis ao público. Caso esta lei não seja aprovada, é possível que futuramente (assim como nas visões do pajé) os homens da cidade, cedo ou tarde afunilem as classes sociais, fazendo com que àqueles que possuem mais poder monetário tomem vantagens pelos que menos possuem.



2. Índios finalmente terão seu terão seus dados restritos. Até então, ao se cadastrar em qualquer tipo de rede social ou site, seus dados poderiam ser invadidos por qualquer inimigo. Com o Marco, portanto, estes dados serão protegidos, podendo ser vistos apenas através de ordens dos homens da lei.



3. Índios vão continuar podendo escrever o que quiserem na internet, DESDE QUE conteúdos sobre sexualidade, racismo, pedofilia ou qualquer ofensa proposital ao indivíduo não sejam identificados. 




ESTA É A ZARABATANA DA QUESTÃO.


Com qual dignidade irá a população brasileira, em sua vasta cultura, usufruir de maneira positiva destas leis?
Será que qualquer detalhe poderá ser visto como uma ofensa pelos inimigos?
O problema está na liberdade ou na prisão?


Anauê!


SEO e Índios

Índios não sabem falar inglês (ou pelo menos a maioria deles). Mas garanto que, se soubessem, diriam que SEO significa Search Engine Optimization.  
E se índios tivessem sites – ou blogs – eu tenho certeza de que eles saberiam para quê serve o SEO.
Aliás, índios deveriam mesmo é dominar a internet. Quem sabe assim utilizaríamos a tecnologia para uma digna construção cultural?

Cacique Zuckerberg, idealizador e fundador do Facebook.
SEO em português significa “otimização para mecanismos de pesquisa“, e isso significa, que quando digitamos algo nos sites de busca como Google ou Yahoo, existem alguns métodos que são utilizados na organização dos sites para aquela ordem de aparição.
É comum clicarmos sempre no primeiro, segundo e terceiro, pois é como se eles fossem os sites que tem maior relevância no assunto que buscamos.
Esta ferramenta otimiza os sites através de informações , como por exemplo: Sites que possuem uma URL clara, uma utilização correta dos padrões da web, tags de HTML alinhadas, outros links que apontam para o site, etc, para assim, as páginas poderem ser numeradas, e dispostas aos navegadores com as melhores informações. 
Fim.

Se você não entendeu ainda, pode perguntar pro

Sr. Google

Índio Capitalista compra Bitcoin?

Já se foi o tempo em que a economia indígena era uma das mais ricas. Índios viviam apenas de caça, pesca e agricultura, e tudo isso era partilhado ou trocado entre eles.  Viviam em plena harmonia e paz, não lhes faltava recursos e a natureza fazia parte de suas vidas.
Hoje, infelizmente, os índios estão perdendo suas fontes primárias de sobrevivência, e muitas tribos perdendo suas origens, sendo assim, obrigadas a partir. Muitas estão migrando para fazendas e outras para a cidade em busca de condições para se sustentar.
Índios nunca possuíram um sistema monetário, e hoje precisam aprender a viver no meio capitalista, sem ao menos estarem acostumados com sapatos.


Por mais quanto tempo essa cultura irá durar? Será que os índios vão conseguir se adaptar às telas? Pra quê tanto tipo de tela? Grandes, enormes, pequenas, minúsculas. Da pra ver o mundo todo nelas. Até ontem mesmo, pra conhecer o mundo todo, era necessário tocar, sentir.

E é aí que começamos a pensar nessa loucura.

Um exemplo: Existe uma moeda virtual chamada Bitcoin. Ela gira em torno de um processo independente, sem precisar de bancos ou gerenciadores de acesso. É uma forma ágil de fazer negócios online, e o comércio aos poucos já está adotando essa novidade. Você compra pela internet, e ela sempre estará lá, a sua disposição.

Imagina se índios tivessem que comprar Bitcoins pra sobreviver?



Anauê!

Redes Sociais e Mídias Sociais: Rituais Indígenas e Aldeias.

Nas tribos indígenas existe uma grande tradição de diversas manifestações e festas que traduzem um momento especial da vida dos índios. Estas manifestações são chamadas de Rituais Indígenas, ou Comemorações Indígenas que sempre ocorrem dentro de uma Aldeia.


No interior destas grandes festas, é normal observarmos inúmeros fatores que compõem a realização do grande evento:

Em primeiro lugar, existe um interesse em comum de toda a Tribo. Caso contrário não existiria festa. Todos eles estão comemorando o mesmo acontecimento, ou seja, interagindo entre si num mesmo local.

Cada Aldeia possui diversas Ocas ao redor de um espaço cerimonial - coloquemos aqui este espaço como o meio em que ocorrem os rituais.

Redes Sociais são como encontros ritualísticos na cultura indígena. 




Todos os índios podem participar, todos podem interagir entre si, se relacionar. Assim acontece também em uma Rede Social. Pessoas distintas acessam as ferramentas online e podem interagir através do mesmo local.

Mídias Sociais são como as Aldeias. É o meio pelo qual ocorrem os rituais.




Se índios utilizassem a internet, eu diria que eles nomeariam Facebook, Twitter, Orkut (e etc) como Redes Sociais; Redes de relacionamento. E Mídia Social como o meio online em que estes relacionamentos acontecem.  

Anauê!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

As novas tecnologias e a publicidade: A precisão e o alcance do Arco e flecha, ou o veneno lento da Zarabatana?

Pra quem já não sabe a diferença, vamos abrir a cabeça para um pouco da cultura indígena: 

O “Arco e flecha” é uma das armas de caça mais conhecidas e construídas pelos índios, presente entre os povos desde os primórdios da civilização. O Arco e Flecha é entregue ao índio que possui a melhor visão e estratégia de toda a tribo, pois só aquele que conhece o vento e sabe sua posição exata, consegue fazer com que a flecha acerte seu alvo.




O que é Zarabatana?
Zarabatana é o outro instrumento indígena usado para caça, porém este é traiçoeiro. É conhecido como aquele “tubinho” de madeira que sopra dardos ou setas de veneno. Seu disparo é diferente do Arco e Flecha, pois é silencioso e imprevisto. A  Zarabatana simboliza a lentidão da eliminação e a dissipação do veneno - quando este chega ao animal.





Por que comparar instrumentos indígenas com a Publicidade?


1.   Porque nós gostamos de índio


2.   Porque nós gostamos de publicidade


3. Porque ser índio é ser essência e ser publicidade é propagar a essência. Como ninguém havia pensado nessa combinação antes?

Hoje em dia, não podemos mais tratar a publicidade como um simples anúncio em jornal, revista, um outdoor na cidade e pronto, está feita a campanha. A publicidade tem aberto suas janelas e expandido seus meios para muito mais que isso. Ela está baseada no compartilhamento, no envolvimento, na inclusão. No que “vira”.
O mundo se torna hoje mais conectado, mais próximo, e por isso deseja estar envolvido, pois só no envolvimento e no compartilhamento é que uma grande ação de marketing obtém sucesso.

Dizem que hoje em dia, uma campanha publicitária não faz sentido se não fizer sucesso na internet. (...)

Você está na sua casa, sentado no sofá, e tem o mundo inteiro no seu bolso (ou nos seus dedos, na maioria das vezes). Nós nunca estamos fazendo uma coisa só, obviamente. Você está vendo TV e conectado no Facebook. Está no banheiro e postando no Twitter. Está na festa e já tem foto sua no Instagram. Está dormindo, e mesmo assim, seu smartphone, tablet, e etc, continuam conectados. 

        A publicidade precisa acompanhar esse dinamismo e essas ferramentas disponíveis para que possam, a todo momento, atingir este público que é essencial para que ela atinja o sucesso. É como se as empresas possuíssem em suas mãos um arco e flecha capaz de alcançar longas distâncias e arrebatar corações para seus produtos, serviços e ideias.

       Por outro lado, os consumidores também possuem as suas armas, e, neste caso em especial, uma arma que representa uma grande ameaça: a Zarabatana – um pequeno dardo parece inofensivo, mas aos poucos que vai atingindo, também vai adoecendo a empresa. Um feedback negativo, uma campanha que não condiz com a realidade, um escorregão pode ser fatal e representar uma morte lenta, mas exponencial que pode aniquilar a reputação e a imagem de uma empresa com esses dardos lançados pelos consumidores que vão aumentando a gravidade conforme a proporção e propagação.

      A grande solução é formar uma tribo! Mostrar-se como essência, como índio, e fazer com que as flechas da empresa apontem para o mesmo alvo das Zarabatanas do público, visando juntar forças para fazer mais e fazer melhor.

      O poder está dos dois lados: A tarefa é conseguir a sintonia entre a empresa e o público, sem deixar que o veneno se espalhe antes de atingir ao alvo.

Anauê!