quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sobre índios e humanos

O velho pajé é o homem mais sábio da tribo. Responsável por passar os mais profundos ensinamentos da vida a todos, desde o pequeno curumim até o grande guerreiro. Este mesmo velho pajé sempre ensinou sua tribo que não se deve desrespeitar a natureza. Que plantas e árvores, animais e rios, são seres tão especiais quanto os seres humanos, e que todos estes, para viverem puramente, devem viver em harmonia.

Os humanos-brancos, quando chegaram aqui, se tornaram responsáveis por passar seus ensinamentos para todos. Havia aqueles que queriam ouvir, e aqueles que não. Estes mesmos humanos-brancos começaram a ensinar que seres diferentes deles não deveriam ser considerados. Que amarelos, negros, e marrons, eram diferentes demais para conviver em harmonia. 

O que é normal, pois comumente seres humanos se privam de seu maior dom: Pensar.

Todos sem exceção são seres únicos, possuem vontades, pensamentos, características, habilidades e essências diferentes; E que mesmo diferentes, também são iguais aos demais.
Todos são, pensam, agem e sentem. O humano-branco trouxe e traz ainda hoje uma anomalia de que o que é diferente não pode fazer parte. E há os que tentam consertar o erro através do erro. Macacos e bananas. De volta ao erro, mais uma vez.
O que torna cada vez mais difícil por em prática o que o antigo pajé ensina: Ser um humano que é e não um humano que só faz.


Humano índio, negro, branco e marrom. Todos têm a alma da mesma cor.

Anauê!